domingo, 11 de novembro de 2012

30 anos de perversão sexual.

W.A.S.P- we are sexual perverts- estiveram ontem cá pelo burgo num concerto inserido na digressão comemorativa dos 30 anos de carreira da banda.
O que esperar de um concerto de um grupo com um nome destes?
Muito, mas muito mesmo, rock n roll sem preconceitos, sem pretensões, sem arrogância, sem vedetismo  e com uma dedicação aos fans que ainda não vi em nenhuma banda com putos de 20 anos.
Actualmente ser músico parece ser o olimpo, a entronização da mediocridade, a isenção obrigatória de humildade, a imunidade total e o desrespeito por quem coloca as bandas no topo: quem compra os discos e vai aos concertos.
A maior parte dos músicos que foram surgindo nas duas ultimas decadas parecem não se ter apercebido que só vão a algum lado se alguém consumir as suas criações por muito, ou pouco talento(a maior parte) que tenham.
Portanto; Wasp já andavam a tocar quando eu ainda cagava nas fraldas. Uma banda importantíssima na cena musical hard n heavy e grande referencia para um infindável numero de bandas, até era tolerável alguma arrogancia e até justificável, mas nada disso ocorreu.
Blackie Lawless (guitarrista e vocalista, membro fundador e unico ainda restante da formação original) é o verdadeiro frontman. Sabe puxar pelo público, põ-lo à vontade e dar-lhe exactamente o que pagaram para ver: rock n roll puro e duro.
A energia de temas tão antigos é contagiante e não havia ninguém que conseguisse estar quieto no Campo Pequeno, o senhor Lawless não deixava isso acontecer.
Estava acompanhado por grandes músicos que, tal como eu, ainda não sabiam o que era uma sanita aquando da estreia de Wasp. Via-se o orgulho estampado nos seus rostos por poderem tocar com um monstro da música e aplicam-se para ficar à altura dos pergaminhos da banda.

De salientar as diferentes gerações que estavam presentes. Os 30 anos da banda estavam bem representados na audiência que ia desde os cinquentões aos adolescentes equipados como mandam as regras com camisolas da banda.
O exemplo máximo de que a boa música é intemporal...
Em conclusão: prefiro de longe ver concertos de bandas antigas do que ver bandas recentes. São músicos que lutaram contra muito para chegarem onde estão e não deixam os créditos por mãos alheias. Actualmente é muito mais fácil. Qualquer merda é editada, não é necessário lutar por nada, daí o alheamento enorme que há em relação à qualidade.

WASP só me fez sentir-me muito mal comigo próprio por ainda não ter visto Motorhead ao vivo. É uma falha imperdoável!!!! Não sei como ainda consigo viver comigo próprio!!!! Vou pensar que isto foi só o aperitivo para quando o senhor Lemmy vier cá novamente ao burgo dizimar toda a gente com a sua voz de Jack Daniels.

1 comentário:

joshua_devil666 disse...

Eu nao estive lá, mas tenho a certeza absoluta que foi um concerto memoravel,estes senhores são brutais, grande banda