Benvindo sejas Inverno
As tuas chuvas são redentoras
Que o teu reino seja eterno
E as tempestades minhas tutoras
Recolhe no calor do teu gelo
Esculpe estátuas bestiais
Todo e qualquer flagelo
Eclipsado pelos teus belos temporais.
Submete toda a humanidade
A toda a tua violência
Jamais com humildade
E sempre com pestilência
Escondes demónios de outros infernos
Protegidos pelos irados trovões
Todos os receios não são efémeros
Ao contrário de todas as paixões.
Amotinadas estão as nuvens
Efemérides sem o serem
Não passam de uma ligeira penugem
Para os olhos que as amam verem
Torna a Noite mais sombria
Mais bela e resplandecente
Que o mundo alguma vez veria
E reacende o que em mim sempre foi ardente.
1 comentário:
Como sempre, muito bom!
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