Doce sabor a decadência,
Exala e pode ser colhido.
Doce sabor a demência
Nesses lábios a que fico rendido.
Doce sabor a tristeza
Que vagueia e atormenta
Quão subjectiva é a beleza
Que na Noite se lamenta.
Doces e solitárias odes
Escritas em noites desertas
Perseguidas por um moderno rei Herodes
Em busca de estrofes incertas
Doce sabor a dissabor
Que sabe a não saber
Doce sabor a despudor
Que não nega o prazer
Doce sabor a tempestade
Que eclode bem dentro de mim
Acorda a adormecida irmandade
de sofrimentos que tiveram fim
Doce sabor que me adormece
Em noites sôfregas
novos amanheceres tece
Sem auroras funestas.
1 comentário:
Doce sabor sem ti
Que parece não ter fim
beijo
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