As palavras parecem esconderem-se entre paredes de betão.
Antes, caiam em voos livres como aqueles que as folhas parecem já ameaçar fazer neste outono que tardou tanto.
Não existe falta de imaginação ou sequer inspiração.
O antes implica sempre um depois e esse depois é conotado como futuro e nunca como presente.
Nas entrelinhas encontram-se os mais sublimes significados.
Desnudam-se timidamente a cada passagem dos pensamentos.
Talvez as melhores palavras, aquelas cujo significado não se ouve, sejam mesmo aquelas que não são ditas, pensadas ou que ganham forma numa folha de papel.
Talvez o silêncio seja a melhor forma de demonstrar opiniões. A melhor forma de comunicar... Talvez... Essa palavra ausente de certezas.
Mas o silêncio não tem dúvidas... ou sequer certezas.
Não se dá por ele e ele não quer ser notado.
Fala e eu oiço e eu não falo e ele ouve-me ou apenas lê-me mesmo quando não escrevo absolutamente nada.
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