sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Outonais formas vestem-se com insalubres sentimentos aparentemente trancados numa figurada e alegórica arca metafórica esquecida e coberta pelo pó do tempo inverso.
São pequenos dedelhados de melodias gravdos em memórias dispersas que agora ganham cor. Esta repleta de palidez e contendo em si uma contagiante altivez.
O outono esculpe formas perfeitas. Demasiado perfeitas para os demais.
Demais, esses, que estão constantemente alheados e que de tudo foram arredados. A compreensão caminha ao lado da razão, mas nestas paisagens trilhadas por caminhos abertos como sangue das mãos, são figuras desconhecidas e por isso temidas.
Correm agora as formas outonais e trazem no rosto nenhum desgosto.
Triunfantes em cores nunca berrantes permanecerão sempre errantes. O que é livre não o sabe.
Se o soubesse,estaria confinado á prisão sem grades que é a humanidade.

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