"O medo é como o fogo. Se controlarmos o fogo, ele serve-nos. Serve para cozinhar e aquecer-nos a casa. Se não tivermos o controlo sobre ele, ele consome-nos e destrói-nos.
Se dominarmos o nosso medo controlámos a nossa vida." Autor desconhecido
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Anuncio solenemente a mediocridade sem idade.
Se tivesse incarnado sob a forma da verdade,
Eclipsaria sois e luas que brilharão em céus vermelhos de exasperação.
Enfrentando o frio da noite que se onduleia à passagem das sombras,
Caem flocos de almas congeladas que um dia ousaram abrir os olhos.
O alívio de chagas psíquicas está à distancia pequena e gigante de um mero toque.
Um simples toque carnal, despido de complicação, trajando somente humanidade.
Espera... pelos teus sonhos...
para afogares as tuas lágrimas.
Espera... para escapares...
Faz as malas e veste apenas o inspirar.
Parte rumo a placas que dizem saída mas que são na verdade entradas para novos labirintos.
Não sufoques com o teu ar pesado de pensamentos.
Inspira... Não o ar...
Inspira... Os que querem escrever...
Se tivesse incarnado sob a forma da verdade,
Eclipsaria sois e luas que brilharão em céus vermelhos de exasperação.
Enfrentando o frio da noite que se onduleia à passagem das sombras,
Caem flocos de almas congeladas que um dia ousaram abrir os olhos.
O alívio de chagas psíquicas está à distancia pequena e gigante de um mero toque.
Um simples toque carnal, despido de complicação, trajando somente humanidade.
Espera... pelos teus sonhos...
para afogares as tuas lágrimas.
Espera... para escapares...
Faz as malas e veste apenas o inspirar.
Parte rumo a placas que dizem saída mas que são na verdade entradas para novos labirintos.
Não sufoques com o teu ar pesado de pensamentos.
Inspira... Não o ar...
Inspira... Os que querem escrever...
domingo, 26 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
O tempo passa lentamente ou tão depressa que nem sequer nos apercebemos da sua passagem. É sempre relativo.
Gosto do relógio apenas para ver quanto falta para sair do trabalho.
O tempo deixa marcas. Algumas profundas, outras apenas superficiais que com um pouco de
pomada sentimental são rapidamente removidas.
Não acompanho o curso do tempo, não acompanho nada, nem nada me acompanha.
Não diria que algum dia iria estar tão colado a ouvir esta música. Não foi o tempo que me mudou. Fui eu que mudei o tempo... e agora é tempo de descobrir o que ficou escondido em cadafalsos condenado injustamente enquanto eu teimava em não mudar apesar das evidências...
Gosto do relógio apenas para ver quanto falta para sair do trabalho.
O tempo deixa marcas. Algumas profundas, outras apenas superficiais que com um pouco de
pomada sentimental são rapidamente removidas.
Não acompanho o curso do tempo, não acompanho nada, nem nada me acompanha.
Não diria que algum dia iria estar tão colado a ouvir esta música. Não foi o tempo que me mudou. Fui eu que mudei o tempo... e agora é tempo de descobrir o que ficou escondido em cadafalsos condenado injustamente enquanto eu teimava em não mudar apesar das evidências...
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
O ar está rarefeito lá fora.
Sentimos a sua presença a contorcer-nos a mente.
Vamos fugir.
Vamos bem para dentro de mim.
Lá, há sempre algum local com janelas para observarmos o nosso silêncio em todas as suas formas metamorfósicas.
Vamos para dentro da minha mente. Com viagem só de ida.
Vamos divagar por entre suplícios e apontar o dedo em direcção à eternidade.
Vamos... Não tenhas medo.
O medo já não governa aqui. Foi substituído pela curiosidade e pela sede infinita do infinito e desconhecido, sejam quem forem esses novos ditadores.
Vamos bem para dentro de mim percorrer as minhas veias onde corre o sangue revoltoso e fiquemos aí à deriva que nunca o será. Ele corre violento e em paz e desagua algures onde bombeiam as alienações de realidade.
Vamos bem para dentro de mim...
Cá fora está frio.
E as existências lutam contra si próprias...
Sentimos a sua presença a contorcer-nos a mente.
Vamos fugir.
Vamos bem para dentro de mim.
Lá, há sempre algum local com janelas para observarmos o nosso silêncio em todas as suas formas metamorfósicas.
Vamos para dentro da minha mente. Com viagem só de ida.
Vamos divagar por entre suplícios e apontar o dedo em direcção à eternidade.
Vamos... Não tenhas medo.
O medo já não governa aqui. Foi substituído pela curiosidade e pela sede infinita do infinito e desconhecido, sejam quem forem esses novos ditadores.
Vamos bem para dentro de mim percorrer as minhas veias onde corre o sangue revoltoso e fiquemos aí à deriva que nunca o será. Ele corre violento e em paz e desagua algures onde bombeiam as alienações de realidade.
Vamos bem para dentro de mim...
Cá fora está frio.
E as existências lutam contra si próprias...
domingo, 19 de dezembro de 2010
Para comemorar uma semana completa de sobriedade.
A sobriedade pode ser ainda mais alteradora da realidade...
Um anjo banha-se num rio negro e nas suas margens as flores murcham.
O seu mais simples toque provoca enormes e furiosas ondas onde supostamente as águas são calmas.
O anjo ergue com as suas mãos uma quantidade indefinida dessa água dum negrume impróprio para consumo e atira-a violentamente sobre o seu rosto tatuado com retratos com esgares de dor. Água suja, repleta de despojos de vontades humanas, serve para o anjo despertar da dormência em que vivia. A dormência de aspirar ao inaspirável.
Abatem-se sobre ele esses resquícios nauseabundos das vontades humanas que ali foram lançadas para desaguar em mares de grandiosidades e despertam o que jamais poderia ser despertado num querubim celestial: a vontade de ser humano.
A vontade de perder as asas e poder caminhar apenas. Sentir que lhe doem os pés por nunca mais chegar onde pretendia.
A vontade de perder a sua beleza idílica e ser substituída por rostos de banalidade.
A vontade de perder a sua aura e poder pecar. Cometer crimes contra quem o criou.
A vontade de ter vontade...
O anjo consegue ver o seu reflexo celestial apesar de todo o lodo contido e remove-o com a sua espada flamejante que era destinada a dilacerar as almas humanas.
O anjo torna-se humano. Torna-se hermafrodita porque acredita na igualdade.
Toca nas flores que haviam murchado com as suas novas mãos e elas perecem finalmente nas suas mãos. Agora sim é um ser humano com a vida alheia a desvanecer-se nas suas mãos.
O seu mais simples toque provoca enormes e furiosas ondas onde supostamente as águas são calmas.
O anjo ergue com as suas mãos uma quantidade indefinida dessa água dum negrume impróprio para consumo e atira-a violentamente sobre o seu rosto tatuado com retratos com esgares de dor. Água suja, repleta de despojos de vontades humanas, serve para o anjo despertar da dormência em que vivia. A dormência de aspirar ao inaspirável.
Abatem-se sobre ele esses resquícios nauseabundos das vontades humanas que ali foram lançadas para desaguar em mares de grandiosidades e despertam o que jamais poderia ser despertado num querubim celestial: a vontade de ser humano.
A vontade de perder as asas e poder caminhar apenas. Sentir que lhe doem os pés por nunca mais chegar onde pretendia.
A vontade de perder a sua beleza idílica e ser substituída por rostos de banalidade.
A vontade de perder a sua aura e poder pecar. Cometer crimes contra quem o criou.
A vontade de ter vontade...
O anjo consegue ver o seu reflexo celestial apesar de todo o lodo contido e remove-o com a sua espada flamejante que era destinada a dilacerar as almas humanas.
O anjo torna-se humano. Torna-se hermafrodita porque acredita na igualdade.
Toca nas flores que haviam murchado com as suas novas mãos e elas perecem finalmente nas suas mãos. Agora sim é um ser humano com a vida alheia a desvanecer-se nas suas mãos.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Ás vezes acordo e olho desconfiado os móveis que me rodeiam. Olho-os com aquele olhar tresloucado não só de quem acabou de acordar mas também de quem se questiona se eles ali se mantiveram enquanto eu estava ocupado a procurar tesouros filosóficos no etéreo mundo dos sonhos.
Os móveis não me respondem. Ficam exactamente no mesmo local. Impávidos, sem o menor sopro de vida a soprar deles. Penso que se olhar disfarçadamente para o lado e voltar bruscamente os olhos em direção a eles conseguirei ver um deles em plena fase de movimento. Ficará estático como quando se apanha um gato a fazer o que não deve. Como se obedecessem a uma espécie de controlo remoto e alguém tivesse carregado no botão de pausa.
Os meus móveis conspiram contra mim! Eu sei! Tenho a certeza. No seu aspecto acolhedor e abraçando os cds, livros, cadernos, maços de tabaco vazios que ficam por lá à espera que por milagre fiquem cheios novamente, eles conspiram entre si para me usurparem a mente.
Querem fazer-me uma lobotomia! Tomar conta de um mundo que existe apenas nas minhas visões claustrofóbicas. Quem dominará esse metafórico mundo? Talvez o móvel do computador com aquele aspecto arrogante e sempre desafiador para mim. Ou a cama? Hum, ela arranca-me cabelos de vez em quando e vem com a desculpa "ah e tal, sou uma cama velhinha, daquelas verdadeiras de madeira maçiça".
Talvez possa ser ela. Essa vagabunda. Faz algum sentido, pois assim que me deito nos seus braços transporta-me logo para o sono. Quer ver-me perdido em pensamentos sorumbáticos para estabelecer o plano para me destronar.
Analiso os meus adversários um a um lentamente, anotando mentalmente os seus pontos fortes e fracos.
O móvel da televisão parece-me ser o mais forte. A sua imponência disfarçada por aquele ar de quem abre as janelas do mundo de par em par. AHHHH Que Nonjo que me metes!!!!!!
Subitamente, o telemóvel solta o seu alarme do despertador. Está na hora de ir trabalhar.
Os móveis não me respondem. Ficam exactamente no mesmo local. Impávidos, sem o menor sopro de vida a soprar deles. Penso que se olhar disfarçadamente para o lado e voltar bruscamente os olhos em direção a eles conseguirei ver um deles em plena fase de movimento. Ficará estático como quando se apanha um gato a fazer o que não deve. Como se obedecessem a uma espécie de controlo remoto e alguém tivesse carregado no botão de pausa.
Os meus móveis conspiram contra mim! Eu sei! Tenho a certeza. No seu aspecto acolhedor e abraçando os cds, livros, cadernos, maços de tabaco vazios que ficam por lá à espera que por milagre fiquem cheios novamente, eles conspiram entre si para me usurparem a mente.
Querem fazer-me uma lobotomia! Tomar conta de um mundo que existe apenas nas minhas visões claustrofóbicas. Quem dominará esse metafórico mundo? Talvez o móvel do computador com aquele aspecto arrogante e sempre desafiador para mim. Ou a cama? Hum, ela arranca-me cabelos de vez em quando e vem com a desculpa "ah e tal, sou uma cama velhinha, daquelas verdadeiras de madeira maçiça".
Talvez possa ser ela. Essa vagabunda. Faz algum sentido, pois assim que me deito nos seus braços transporta-me logo para o sono. Quer ver-me perdido em pensamentos sorumbáticos para estabelecer o plano para me destronar.
Analiso os meus adversários um a um lentamente, anotando mentalmente os seus pontos fortes e fracos.
O móvel da televisão parece-me ser o mais forte. A sua imponência disfarçada por aquele ar de quem abre as janelas do mundo de par em par. AHHHH Que Nonjo que me metes!!!!!!
Subitamente, o telemóvel solta o seu alarme do despertador. Está na hora de ir trabalhar.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Mulheres de armas volume Doom.
Unholy é, ou era, ainda não se percebe muito bem, uma banda finlandesa com alguns dos melhores lançamentos na área da música mais melancólica ou depressiva, como lhes convier melhor. Experimentaram várias vocalistas ao longo dos álbuns lançados, mas foi com Veera Muhli que atingiram o climax no disco "Gracefallen".
A voz de Veera para mim é a voz da própria tristeza. Com uma envolvência de veludo forrado com arame farpado, assim que nos toca sentimos primeiro uma suavidade etérea para a seguir sermos dilacerados pela pujança de todo o sentimento. Os cortes no corpo estendem-se até à alma.
Um dos meus álbuns favoritos de todos os tempos e uma banda que nunca viu reconhecido o seu valor.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Moonspell. O direito a não gostar.
Moonspell é uma banda que nos últimos anos se auto-nomeou como mártir. Explicando melhor, acusa os fãs portugueses de serem muito ingratos. Uma banda cujo principal mercado é o alemão, realmente pode considerar o mercado português ingrato. São tantas as pessoas que ouvem musica alternativa em Portugal que ainda não sei como a banda ainda não atingiu os 10 milhões de discos vendidos neste jardim à beira-mar plantado.
Fernando Ribeiro, transformou-se numa figura presente em revistas cor-de-rosa. Algo muito metal sem dúvida.
Polémicas à parte, gerou-se no submundo de fóruns online, uma espécie de beatificação a Moonspell, como se pelo simples facto de serem portugueses merecessem que toda a gente lhes lavasse as botas com água benta.
Eu reservo-me o direito a não gostar de Moonspell e ganhei-o através de ter sido testemunha do nascimento de Moonspell ainda no tempo das demos e do seu primeiro E.P. Resumindo, já era adepto de Moonspell quando a maior parte dos seus actuais fanáticos fans ainda brincavam com carrinhos e\ou bonecas. Tenho tudo de Moonspell até ao Butterfly Efect, álbum que levou ao meu descrédito total na banda. A partir daí foi uma linha descendente muito acentuado que não irá erguer-se jamais.
Agora, peço por favor às pessoas que veneram imaculadamente tal banda que deixem em paz quem já não a consegue ouvir. Ganhámos o direito a não gostar. O efeito beatlesco que Moonspell tem agora nas massas portuguesas não justifica tamanha inconsideração por parte da banda.
Talvez mereçam então que lhes devolva os discos que comprei e o dinheiro que gastei na única vez que os vi ao vivo, em 1999 e custou-me 25 euros! isso sim é uma ingratidão! 11 anos depois é que os concertos atingiram esses preços.
Moonspell e respectivos fanáticos, vós é que sois os ingratos...
Fernando Ribeiro, transformou-se numa figura presente em revistas cor-de-rosa. Algo muito metal sem dúvida.
Polémicas à parte, gerou-se no submundo de fóruns online, uma espécie de beatificação a Moonspell, como se pelo simples facto de serem portugueses merecessem que toda a gente lhes lavasse as botas com água benta.
Eu reservo-me o direito a não gostar de Moonspell e ganhei-o através de ter sido testemunha do nascimento de Moonspell ainda no tempo das demos e do seu primeiro E.P. Resumindo, já era adepto de Moonspell quando a maior parte dos seus actuais fanáticos fans ainda brincavam com carrinhos e\ou bonecas. Tenho tudo de Moonspell até ao Butterfly Efect, álbum que levou ao meu descrédito total na banda. A partir daí foi uma linha descendente muito acentuado que não irá erguer-se jamais.
Agora, peço por favor às pessoas que veneram imaculadamente tal banda que deixem em paz quem já não a consegue ouvir. Ganhámos o direito a não gostar. O efeito beatlesco que Moonspell tem agora nas massas portuguesas não justifica tamanha inconsideração por parte da banda.
Talvez mereçam então que lhes devolva os discos que comprei e o dinheiro que gastei na única vez que os vi ao vivo, em 1999 e custou-me 25 euros! isso sim é uma ingratidão! 11 anos depois é que os concertos atingiram esses preços.
Moonspell e respectivos fanáticos, vós é que sois os ingratos...
A ignorância de certas coisas parece ser o meu desejo mais secreto.
Na loucura de noites de lua cheia onde não se revelam homens que jamais o tornarão a ser, ocorrem recusas de luzes siderais. Luzes que cegam.. Luzes que corrompem. Falsas luzes que iluminam caminhos armadilhados.
Gostava de não conhecer a luz. Essa luz abstracta que se ergue em vazios de vanglorias.
Essa luz nos devaneios das metáforas dos olhos devoradores que me procuram.
Sim, a luz. Essa luz que despe todos os receios e deixa-os à mercê dos anjos acusadores. A luz reveladora de castidades mentais. A luz que os acusadores anjos agora transformados em cinzas incandescentes veneram.
Essa luz nasce em mim e tem a sua foz na eternidade.
Mas eu gostava de não a conhecer...
Na loucura de noites de lua cheia onde não se revelam homens que jamais o tornarão a ser, ocorrem recusas de luzes siderais. Luzes que cegam.. Luzes que corrompem. Falsas luzes que iluminam caminhos armadilhados.
Gostava de não conhecer a luz. Essa luz abstracta que se ergue em vazios de vanglorias.
Essa luz nos devaneios das metáforas dos olhos devoradores que me procuram.
Sim, a luz. Essa luz que despe todos os receios e deixa-os à mercê dos anjos acusadores. A luz reveladora de castidades mentais. A luz que os acusadores anjos agora transformados em cinzas incandescentes veneram.
Essa luz nasce em mim e tem a sua foz na eternidade.
Mas eu gostava de não a conhecer...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Purifico-me com estranhos desejos de em ti permanecer, assim quieto, imóvel, como o meu querer.
Perante visões de contos milenares e ao mesmo tempo ancestrais que ecoam e esvoaçam perante o meu olhar pixelizado, encerro lápides de recordações de espíritos adormecidos cujo sono foi induzido pelo constatar da verdade, essa miragem...
1000 lagos sobrevoam montanhas esculpidas e eu acho normal.
Tufões silenciosos e sem ímpeto destruidor tocam-me com a ponta da sua espada e ordenam-me cavaleiro de infernais hordes no intuito de apagar um fogo que consome lentamente o que se guerreia dentro de mim.
E por tantos crimes que passo impune liderando estas hordes sem lordes, busco a purificação em pensamentos divagantes de estar a teu lado, imóvel, silencioso como um sismo.
Perante visões de contos milenares e ao mesmo tempo ancestrais que ecoam e esvoaçam perante o meu olhar pixelizado, encerro lápides de recordações de espíritos adormecidos cujo sono foi induzido pelo constatar da verdade, essa miragem...
1000 lagos sobrevoam montanhas esculpidas e eu acho normal.
Tufões silenciosos e sem ímpeto destruidor tocam-me com a ponta da sua espada e ordenam-me cavaleiro de infernais hordes no intuito de apagar um fogo que consome lentamente o que se guerreia dentro de mim.
E por tantos crimes que passo impune liderando estas hordes sem lordes, busco a purificação em pensamentos divagantes de estar a teu lado, imóvel, silencioso como um sismo.
domingo, 12 de dezembro de 2010
As máquinas de deus vão desenfreadas e à deriva pelas estradas alcatroadas de crenças com destino à conversão total da alma e mente.
Subversão, manipulação e opressão conduzem as máquinas que tem forma humana apenas porque foram despidos de todos os sentimentos.
Reúnem os condenados a serem excomungados e pavoneiam-se perante ruas de incrédulos crédulos.
Eu espalho rumores de uma rebelião. Semeio discórdias por entre os paradigmas absolutistas e sou o primeiro a partir para a revolução munido apenas com os meus pecados na mão.
Atirá-los-ei contra paredes de incompreensão e oservarei o seu voo livre em direcção a um céu já anunciado. Não um céu bíblico, esse não existe, um céu verdadeiro, tão verdadeiro como eu e tu. Um céu palpável, quando já não existir nada de razoável.
Subversão, manipulação e opressão conduzem as máquinas que tem forma humana apenas porque foram despidos de todos os sentimentos.
Reúnem os condenados a serem excomungados e pavoneiam-se perante ruas de incrédulos crédulos.
Eu espalho rumores de uma rebelião. Semeio discórdias por entre os paradigmas absolutistas e sou o primeiro a partir para a revolução munido apenas com os meus pecados na mão.
Atirá-los-ei contra paredes de incompreensão e oservarei o seu voo livre em direcção a um céu já anunciado. Não um céu bíblico, esse não existe, um céu verdadeiro, tão verdadeiro como eu e tu. Um céu palpável, quando já não existir nada de razoável.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Imploro...
Se alguma vez a minha mente se fechar devido a um qualquer receio vândalo, usa as tuas palavras como um pé de cabra e escancara a minha mente e não tenhas problemas de qualquer espécie em pilhar o que lá por dentro encontrares.
Se alguma vez o meu corpo se abrir e dele jorrar aquele pus resultante das feridas psíquicas auto-infligidas, usa a tua boca como agulha e linha e cose-me novamente para não deixar sair o que eu quero que saia.
Se alguma vez eu for dado como foragido fora-da-lei, exerce a tua autoridade com veemência e prende-me no teu toque sedoso que incendeia os meus sentidos. Brande a minha captura a um mundo demasiado virado para o seu umbigo e receberás aclamações apoteóticas vindas directamente das profundezas do meu ser
Imploro, não ordeno. A ordem abandonou há muito estas pastagens onde se alimenta gado subversivo sob a forma de momentos.
Imploro, que o teu sorriso desencadeie eclipses solares e na Noite mais amada sirva de lua erecta no céu sem estrelas com o único propósito de me guiar através das sombras que estendem os braços para me agarrar.
Sê tu a minha escuridão, refúgio de luz eterno quando tudo o resto me parecer querer cegar..
Se alguma vez o meu corpo se abrir e dele jorrar aquele pus resultante das feridas psíquicas auto-infligidas, usa a tua boca como agulha e linha e cose-me novamente para não deixar sair o que eu quero que saia.
Se alguma vez eu for dado como foragido fora-da-lei, exerce a tua autoridade com veemência e prende-me no teu toque sedoso que incendeia os meus sentidos. Brande a minha captura a um mundo demasiado virado para o seu umbigo e receberás aclamações apoteóticas vindas directamente das profundezas do meu ser
Imploro, não ordeno. A ordem abandonou há muito estas pastagens onde se alimenta gado subversivo sob a forma de momentos.
Imploro, que o teu sorriso desencadeie eclipses solares e na Noite mais amada sirva de lua erecta no céu sem estrelas com o único propósito de me guiar através das sombras que estendem os braços para me agarrar.
Sê tu a minha escuridão, refúgio de luz eterno quando tudo o resto me parecer querer cegar..
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
From Portugal with sorrow...
Deambulo por pensamentos vagos
Lugares em que a vida não existe.
Surgindo em mim o passado
Onde tudo são ruínas e vultos que se imergem.
Ilusões amaldiçoadas que me exaurem,
Numa existência enleada de sombras,
De cicios perturbadores...
E depois que tu morreste,
Dura em mim
Uma saudade sem idade,
Uma dor que não tem fim...
domingo, 5 de dezembro de 2010
Pela madrugada caminham Homens com asas de Noite.
caminham, lentamente, passo a passo, não tiram partido das suas asas.
Não voam, voar está reservado para os grandes de espírito, aqueles que ousam desafiar o mundo em toda a sua grandeza e que esculpem com ténues gestos escadas para o supremo nível da existência.
As asas desses Homens divagantes ameaçam bater em retirada a qualquer momento. Desejam afincadamente transportar pequenos desejos até mundos de sonhos onde tudo tem uma razão ética de ser, onde tudo é puro, pureza essa que é violada selvaticamente ao menor piscar de um olho. A presença corrosiva da luz destrói até ao âmago o espectro de viver.
Há aqueles que desejam habitar na Noite e aí edificar revelações sem qualquer espécie de sanções.
Esses pegam nas asas da Noite e voam até ao porto de entrada de demónios metafísicos que os saúdam cordialmente. Conviverão em paz em orgias de conhecimento e de compreensão da mente humana.
As asas da Noite, ao mais pequeno flectir, criam uma espécie de eclipse provocador de cegueira para ocultar a ascensão dos que as pilotam.
E sob o domínio do céu estrelado esses já podem largar as asas pois viajarão apenas com o poder da sua mente até à eternidade.
caminham, lentamente, passo a passo, não tiram partido das suas asas.
Não voam, voar está reservado para os grandes de espírito, aqueles que ousam desafiar o mundo em toda a sua grandeza e que esculpem com ténues gestos escadas para o supremo nível da existência.
As asas desses Homens divagantes ameaçam bater em retirada a qualquer momento. Desejam afincadamente transportar pequenos desejos até mundos de sonhos onde tudo tem uma razão ética de ser, onde tudo é puro, pureza essa que é violada selvaticamente ao menor piscar de um olho. A presença corrosiva da luz destrói até ao âmago o espectro de viver.
Há aqueles que desejam habitar na Noite e aí edificar revelações sem qualquer espécie de sanções.
Esses pegam nas asas da Noite e voam até ao porto de entrada de demónios metafísicos que os saúdam cordialmente. Conviverão em paz em orgias de conhecimento e de compreensão da mente humana.
As asas da Noite, ao mais pequeno flectir, criam uma espécie de eclipse provocador de cegueira para ocultar a ascensão dos que as pilotam.
E sob o domínio do céu estrelado esses já podem largar as asas pois viajarão apenas com o poder da sua mente até à eternidade.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Abençoados os eminentes na putrefação que se tornou a existência.
O facto de existir é tão adquirido como é repudiado.
No desenhar de linhas convexas que procuram roçar a decência,
Uma linha recta aponta torta para o não-ser angustiado.
Na desecração do que é por muitos considerado o mais sagrado,
subsiste sem ruir o desejo de Homens que não o desejam ser.
A imortalidade acena nas esquinas da ambição do arbítrio mais desejado,
E juntam-se os quereres em multidão exigindo não serem confundidos com um qualquer crer.
O facto de existir é tão adquirido como é repudiado.
No desenhar de linhas convexas que procuram roçar a decência,
Uma linha recta aponta torta para o não-ser angustiado.
Na desecração do que é por muitos considerado o mais sagrado,
subsiste sem ruir o desejo de Homens que não o desejam ser.
A imortalidade acena nas esquinas da ambição do arbítrio mais desejado,
E juntam-se os quereres em multidão exigindo não serem confundidos com um qualquer crer.
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