terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Moonspell. O direito a não gostar.

Moonspell é uma banda que nos últimos anos se auto-nomeou como mártir. Explicando melhor, acusa os fãs portugueses de serem muito ingratos. Uma banda cujo principal mercado é o alemão, realmente pode considerar o mercado português ingrato. São tantas as pessoas que ouvem musica alternativa em Portugal que ainda não sei como a banda ainda não atingiu os 10 milhões de discos vendidos neste jardim à beira-mar plantado.

Fernando Ribeiro, transformou-se numa figura presente em revistas cor-de-rosa. Algo muito metal sem dúvida.

Polémicas à parte, gerou-se no submundo de fóruns online, uma espécie de beatificação a Moonspell, como se pelo simples facto de serem portugueses merecessem que toda a gente lhes lavasse as botas com água benta.
Eu reservo-me o direito a não gostar de Moonspell e ganhei-o através de ter sido testemunha do nascimento de Moonspell ainda no tempo das demos e do seu primeiro E.P. Resumindo, já era adepto de Moonspell quando a maior parte dos seus actuais fanáticos fans ainda brincavam com carrinhos e\ou bonecas. Tenho tudo de Moonspell até ao Butterfly Efect, álbum que levou ao meu descrédito total na banda. A partir daí foi uma linha descendente muito acentuado que não irá erguer-se jamais.
Agora, peço por favor às pessoas que veneram imaculadamente tal banda que deixem em paz quem já não a consegue ouvir. Ganhámos o direito a não gostar. O efeito beatlesco que Moonspell tem agora nas massas portuguesas não justifica tamanha inconsideração por parte da banda.
Talvez mereçam então que lhes devolva os discos que comprei e o dinheiro que gastei na única vez que os vi ao vivo, em 1999 e custou-me 25 euros! isso sim é uma ingratidão! 11 anos depois é que os concertos atingiram esses preços.
Moonspell e respectivos fanáticos, vós é que sois os ingratos...

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