quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Imploro...

Se alguma vez a minha mente se fechar devido a um qualquer receio vândalo, usa as tuas palavras como um pé de cabra e escancara a minha mente e não tenhas problemas de qualquer espécie em pilhar o que lá por dentro encontrares.

Se alguma vez o meu corpo se abrir e dele jorrar aquele pus resultante das feridas psíquicas auto-infligidas, usa a tua boca como agulha e linha e cose-me novamente para não deixar sair o que eu quero que saia.

Se alguma vez eu for dado como foragido fora-da-lei, exerce a tua autoridade com veemência e prende-me no teu toque sedoso que incendeia os meus sentidos. Brande a minha captura a um mundo demasiado virado para o seu umbigo e receberás aclamações apoteóticas vindas directamente das profundezas do meu ser

Imploro, não ordeno. A ordem abandonou há muito estas pastagens onde se alimenta gado subversivo sob a forma de momentos.

Imploro, que o teu sorriso desencadeie eclipses solares e na Noite mais amada sirva de lua erecta no céu sem estrelas com o único propósito de me guiar através das sombras que estendem os braços para me agarrar.
Sê tu a minha escuridão, refúgio de luz eterno quando tudo o resto me parecer querer cegar..

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