O ar está rarefeito lá fora.
Sentimos a sua presença a contorcer-nos a mente.
Vamos fugir.
Vamos bem para dentro de mim.
Lá, há sempre algum local com janelas para observarmos o nosso silêncio em todas as suas formas metamorfósicas.
Vamos para dentro da minha mente. Com viagem só de ida.
Vamos divagar por entre suplícios e apontar o dedo em direcção à eternidade.
Vamos... Não tenhas medo.
O medo já não governa aqui. Foi substituído pela curiosidade e pela sede infinita do infinito e desconhecido, sejam quem forem esses novos ditadores.
Vamos bem para dentro de mim percorrer as minhas veias onde corre o sangue revoltoso e fiquemos aí à deriva que nunca o será. Ele corre violento e em paz e desagua algures onde bombeiam as alienações de realidade.
Vamos bem para dentro de mim...
Cá fora está frio.
E as existências lutam contra si próprias...
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