Isto de se ter 30 anos é algo marcante socialmente.
Marcante porque aos 30 já é suposto ser casado, ter filhos, um cão, um carro enorme e poupar todos os cêntimos para uma conta para a velhice.
Obviamente, não me enquadro em absoluto no que enumerei.
A parte de ser casado e ter filhos já não me chateiam com isso, porque, primeiro: não estou muito para aí virado e depois tinha que haver uma mulher extremamente masoquista capaz de sujeitar-se a tão vil experiência.
Portanto; agora sou bombardeado com supostos planos para investir o meu dinheiro, nem que seja para deixar para os meus sobrinhos, já que eu vou ficar para tio.
Só que eu já invisto o meu dinheiro e da melhor maneira possível:
Invisto em cerveja, tabaco(deixar de beber e de fumar é pecado na minha religião), musica e literatura. Sim, invisto... não gasto. Gastar significa desperdiçar e em qualquer destes investimentos tenho sempre imensos lucros.
Lucro sabedoria, boa disposição, a habilidade de construir conversas que poucas pessoas estarão ao alcance de acompanhar, mas, acima de tudo, evoluo...
Não gasto dinheiro em roupa. Uso a roupa até ela se desintegrar. Agora até já é moda usar calças rotas, já ninguém nota.
O que é a roupa? Contribui para a tua felicidade gastares 100 euros numas calças? Imagina 100 euros gastos em livros ou em música (discos ou concertos)...
As calças de 100 euros far-te-ão crescer enquanto pessoa? Umas calças é a realização pessoal a que almejas?
Ok, eu sei que sou maluco. Já estive no Magalhães Lemos; portanto sou louco certificado.
Mas o que é um louco senão alguém que não reconhece como suas as regras a que o rebanho de pessoas tão cegamente obedece?
1 comentário:
Nunino sabes que muitas pessoas são obrigadas por causa do emprego a comprar roupa constantemente.
Então, nós mulheres somos "descriminadas" se não o fizermos.
É uma forma de investimento por assim dizer.
Alta música!
Já sei que adoras a letra.
Enviar um comentário