quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Em meu nome eles sangram
Resplandecentes no seu sacrifício
Por outros que não eu chamam
Esperando salvação por qualquer artifício

Caí o sangue lentamente
Entoa desconhecidos cânticos
Que se alojam bem na tua mente
Se bem que sem efeitos práticos

O sangue forma um rio
Com corrente melancólica
Corre para o imenso vazio
A minha voz é a mais forte força eólica

Este rio não tem nome
Sei que nasce em mim
E que tem uma chama que me consome
E que a nascente não tem fim

Afogando-se no sangue
Sem lutar pela vida
Os lamentos. Constante
Da vitalidade perdida

Deste rio és a foz
Grandiosa na tua forma
Os lamentos privados de voz
São para ti sempre por norma

És o extenso mar
Onde o rio se perde
No seu ondular
Saceias a tua sede.

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