Estará alguém lá fora
No seio da tempestade
Para dizer que chegou a hora
Da rendição da verdade?
Estarão ao vento caóticas almas
Hasteando da paz as bandeiras
Perdidas nas águas calmas
Mas forjadas como verdadeiras?
Estarão nas sombras os vultos
Que brindam em meu nome
Por entre todos os insultos
Que não lhes mata a fome?
Serão eles trovadores
De feitos imemoriais
Ou apenas de desamores
Perdidos nos canaviais?
Está sempre alguém à espreita
Com forma ou disforme
Fazendo vigilância estreita
Sem saber o meu nome
Quem me espera nos elementos
Não é nunca quem desejo
Talvez sejam os preconceitos
Que nunca provarão um beijo
Tudo parece uma conspiração
Construida por sombrios rumores
De ausência ou excesso de paixão
Presente em todos os clamores.
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