quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Exangue, ergue-se a manifestação de vidas refugiadas na vã democracia da ausência de pensamentos.
Pensar torna-se tarefa idolatrada e inacessível, vedada aos comuns mortais. O refúgio nas quimeras utópicas é fácilmente violável. A volutalidade dos receios assentes em premissas auto-redigidas é imensa.
Inflamável a vontade de fugir a situações inócuas e adulteradas como calamidades.
Dos bravos reza a História. Mas as estórias de metáforas e eufemismos distorcidas serão.
Estranha sina esta de engrandecer o que é microscópico!
Na adversidade descobre-se a verdade, ou apenas descobre-se a maior arma de combate: o pensamento.

Fazem-se grandes banquetes com a ignorância.
O pecado capital da gula atríbuido aos seres vagueadores das sombras não é suficiente para deglutir toda a ignorãncia servida em bandejas prateadas de compreensão.
Todos perecerão perante a amotinização da ingestão de sabedoria ausente.
Os céus negros recebem os vómitos repugnantes dos excessos da insuficiência.

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