O Homem constrói sempre novas estradas para o conduzir a novos locais. Nunca terá a capacidade de construir um caminho, por muito rudimentar que seja, capaz de o conduzir a si próprio.
Tudo está bem sinalizado. Todas direções de destinos físicos. Apenas aglomerados de construções.
Não existe uma placa a indicar o centro do Homem. Não existem coordenadas exactas para lá chegar que possam ser colocadas num gps.
Esse centro, esse local jamais será descoberto.
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Mais uma coisinha para a Noite!
A noite deixa cair o seu véu pincelando de negro escarlate o céu.
Cores vivas envoltas envoltas em sombras colectivas de pacatas revoltas.
Pintores de estranhos sofredores correm em tintas por vezes desavindas, outras foragidas mas todas elas malditas.
Ergue-te diva obscura que para tudo tens cura.
Não existem males absolutos, apenas alguns disfarçados de absurdos.
efeitos psicológicos de desavindos monstros mitológicos.
Tudo é aparente, meramente um somente.
Apenas a Noite, não é desavinda...
Cores vivas envoltas envoltas em sombras colectivas de pacatas revoltas.
Pintores de estranhos sofredores correm em tintas por vezes desavindas, outras foragidas mas todas elas malditas.
Ergue-te diva obscura que para tudo tens cura.
Não existem males absolutos, apenas alguns disfarçados de absurdos.
efeitos psicológicos de desavindos monstros mitológicos.
Tudo é aparente, meramente um somente.
Apenas a Noite, não é desavinda...
domingo, 27 de junho de 2010
Mais outros textos que não me importava que fossem meus. Não me importava mesmo nada.
A felicidade é uma ilusão, é o produto das nossas ânsias.
Um ponto no tempo,vai assim como veio.
Mas há momentos em que consigo parar o tempo,
Então vivo nesses fragmentos e retenho-os dentro de mim...
São momentos únicos que ficaram perdidos mas dentro de mim estarão sempre acesos.
Saboreio estes momentos muitas vezes,
Alimento-me deles e sinto uma emoção única...
Paro o meu tempo, esqueço a rotina.
Deixo-me levar pelos meus sonhos,
Voo fundo sem receios...
Deixo esta energia fluir no meu ser,
Sinto uma sensação jamais sentida.
Realizo-me, nem que seja por um momento apenas.
A felicidade é uma invenção do Homem para explicar o porquê da vida.
Mas eu não sigo estes caminhos tão explorados.
Abuso da minha liberdade e construo o meu próprio caminho.
Foi assim que te encontrei, ou será que foste tu quem me encontrou?
.........................................................................
À noite vou por aí ociosamente.
Percorro um ritual lilás feito de violetas de pedra e traço cada pausa no retorno da lua inicial.
Aqui a memória é lenta como as angústias.
Muitas vezes vejo árvores com frutos azuis ou animais em nudez perfeita, respirando o vento.
A escuridão é o subterfúgio inesperado do coração quando o olhar aquece e o orvalho é de cetim.
Há máscaras de buzios e limos na cara de quem passa.
Nas suas vozes oiço o itinerário das manhas siderais e nasce dos meus passos, o rumo
da via láctea.
Ninguém me conhece.
Venho do arco-íris e trago nos dedos o ângulo transparente da noite.
Cabelos ao vento
Um ponto no tempo,vai assim como veio.
Mas há momentos em que consigo parar o tempo,
Então vivo nesses fragmentos e retenho-os dentro de mim...
São momentos únicos que ficaram perdidos mas dentro de mim estarão sempre acesos.
Saboreio estes momentos muitas vezes,
Alimento-me deles e sinto uma emoção única...
Paro o meu tempo, esqueço a rotina.
Deixo-me levar pelos meus sonhos,
Voo fundo sem receios...
Deixo esta energia fluir no meu ser,
Sinto uma sensação jamais sentida.
Realizo-me, nem que seja por um momento apenas.
A felicidade é uma invenção do Homem para explicar o porquê da vida.
Mas eu não sigo estes caminhos tão explorados.
Abuso da minha liberdade e construo o meu próprio caminho.
Foi assim que te encontrei, ou será que foste tu quem me encontrou?
.........................................................................
À noite vou por aí ociosamente.
Percorro um ritual lilás feito de violetas de pedra e traço cada pausa no retorno da lua inicial.
Aqui a memória é lenta como as angústias.
Muitas vezes vejo árvores com frutos azuis ou animais em nudez perfeita, respirando o vento.
A escuridão é o subterfúgio inesperado do coração quando o olhar aquece e o orvalho é de cetim.
Há máscaras de buzios e limos na cara de quem passa.
Nas suas vozes oiço o itinerário das manhas siderais e nasce dos meus passos, o rumo
da via láctea.
Ninguém me conhece.
Venho do arco-íris e trago nos dedos o ângulo transparente da noite.
Cabelos ao vento
Crónica alcoólica versão despedida de solteiro.
Sábado de tarde, o termómetro marca valores estúpidos de calor. Não consigo estar em casa, é demasiado infernal o calor que se abate. Está na hora de partir rumo a esplanadas para contemplar a existência sem o mínimo de esforço. Pestanejar parece uma tarefa megalómana hoje. Uma missão impossível e desumana para se realizar.
Peçam-me o mundo, mas não me peçam para me mexer.
Tinha apregoado aos quatro ventos que iria deixar de beber, mas acabei por abortar esse plano nuclear. Eu sem cerveja, não funciono. Não consigo deixar essa mulher que tantas alegrias me dá! É uma relação muito especial de amor-ódio que cohabitam na perfeição.
Portanto aí estou eu a beber canecas de cerveja geladinha enquanto observo com desprezo tudo o que me rodeia. Um olhar de superioridade que se esbate á medida que o álcool começa a fazer o seu efeito tão aprazível de entorpecer tudo e tornar esse tudo uno.
Estou já bem lançado quando se reúne a seita de bebedores de intervenção para a despedida de solteiro de um amigo meu. Longas horas de consumo extremo de álcool anunciam-se com toda a pompa.
O jantar já terminou e somos sempre bombardeados com o desafio de esvaziar um barril de 50 litros de cerveja. Desafio que aceito de muito bom grado. São poucas as pessoas que estão a beber, mas pertencem á tropa de elite de extermínio alcoólico...
Já não sei que horas são. Já me sinto estupidamente dormente. Uma mensagem chega ao meu telemovel a perguntar se ja tive uma lap dance. A única que tive e terei nesta noite foi terem-me entornado no colo uma cerveja. Essa minha amada é tão intima que até já banha os meus genitais!
Já é de manha e estive sempre com um copo na mão desde que cá cheguei. não tenho noção do quanto bebi, mas estou estranhamente bem. Talvez o que corra dentro das minhas veias não seja sangue mas sim cerveja, pois não faço ideia para onde ela vai parar.
De repente estou em frente a uma igreja a segurar o noivo para que o dispam. O homem fica ali nu em frente á igreja que no próximo fim de semana vai receber o seu casamento.Estranhas estas tradições!!!!!
É tempo de voltar. Antes disso há tempo para fumar um cigarro e ter uma discussão estúpida sobre a beleza de cidades que não são mais do que aglomerados de betão disformes.
Mais um dia que pareceu ter a duração de 2 segundos.
Maior e mais penoso está a ser este com a ressaca a agonizar-me brutalmente.
Peçam-me o mundo, mas não me peçam para me mexer.
Tinha apregoado aos quatro ventos que iria deixar de beber, mas acabei por abortar esse plano nuclear. Eu sem cerveja, não funciono. Não consigo deixar essa mulher que tantas alegrias me dá! É uma relação muito especial de amor-ódio que cohabitam na perfeição.
Portanto aí estou eu a beber canecas de cerveja geladinha enquanto observo com desprezo tudo o que me rodeia. Um olhar de superioridade que se esbate á medida que o álcool começa a fazer o seu efeito tão aprazível de entorpecer tudo e tornar esse tudo uno.
Estou já bem lançado quando se reúne a seita de bebedores de intervenção para a despedida de solteiro de um amigo meu. Longas horas de consumo extremo de álcool anunciam-se com toda a pompa.
O jantar já terminou e somos sempre bombardeados com o desafio de esvaziar um barril de 50 litros de cerveja. Desafio que aceito de muito bom grado. São poucas as pessoas que estão a beber, mas pertencem á tropa de elite de extermínio alcoólico...
Já não sei que horas são. Já me sinto estupidamente dormente. Uma mensagem chega ao meu telemovel a perguntar se ja tive uma lap dance. A única que tive e terei nesta noite foi terem-me entornado no colo uma cerveja. Essa minha amada é tão intima que até já banha os meus genitais!
Já é de manha e estive sempre com um copo na mão desde que cá cheguei. não tenho noção do quanto bebi, mas estou estranhamente bem. Talvez o que corra dentro das minhas veias não seja sangue mas sim cerveja, pois não faço ideia para onde ela vai parar.
De repente estou em frente a uma igreja a segurar o noivo para que o dispam. O homem fica ali nu em frente á igreja que no próximo fim de semana vai receber o seu casamento.Estranhas estas tradições!!!!!
É tempo de voltar. Antes disso há tempo para fumar um cigarro e ter uma discussão estúpida sobre a beleza de cidades que não são mais do que aglomerados de betão disformes.
Mais um dia que pareceu ter a duração de 2 segundos.
Maior e mais penoso está a ser este com a ressaca a agonizar-me brutalmente.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Textos não da minha autoria,mas de alguém com muito jeito só que muito envergonhada..
Com olhos fechados e braços abertos,
Sorrisos eloquentes sobre lábios calados,
E em duplo oferecimento os seios descobertos,
E os olhos abertos e os braços fechados.
Vem a mim com a audácia que não duvida nem nega,
Vestidos de ilusões e despidos de temor,
Exibimos gestos de definitiva entrega.
Quantas vezes os nossos corpos perceberam
A magia e o calor do nosso contacto,
E quanto na alma receberam a entrega,
Sem nunca se fazer um pacto.
O impulso, generoso e decidido,
Foi um estado de paixão e não só um acto,
Que deverá prolongar-se em permanência em cada beijo e em cada confidência.
.................................................................................
Tenho de escalar ao topo de uma montanha para chegar até ti.
É uma subida tão brutal até chegar até aquele cume,
Que tão poucos já vislumbraram.
Não sabia o que existe lá em cima,
Mas a única coisa que esperava era encontrar a ti.
Fico ali, à espera do êxtase que pensava que iria sentir,
Mas ele nunca chega.
Estou demasiado longe para escutar os aplausos e agradecer.
E já não tenho mais por onde subir.
Estou sozinha,
E a sensação de solidão é esmagadora.
O ar é tão rarefeito que mal consigo respirar.
Consegui chegar ao cume
E o mundo inteiro diz que sou uma heroína,
Mas parecia mais interessante de la de baixo quando olhava
Com nada mais do que a esperança e os sonhos de sucesso.
A única coisa que via era o cume de uma montanha.
Não havia ninguém que me falasse de ti,
Mas as coisas são diferentes quando se chega ao cume,
Fico estafada, surda, cega e demasiado cansada para desfrutar da vitória.
Cabelos ao vento
Sorrisos eloquentes sobre lábios calados,
E em duplo oferecimento os seios descobertos,
E os olhos abertos e os braços fechados.
Vem a mim com a audácia que não duvida nem nega,
Vestidos de ilusões e despidos de temor,
Exibimos gestos de definitiva entrega.
Quantas vezes os nossos corpos perceberam
A magia e o calor do nosso contacto,
E quanto na alma receberam a entrega,
Sem nunca se fazer um pacto.
O impulso, generoso e decidido,
Foi um estado de paixão e não só um acto,
Que deverá prolongar-se em permanência em cada beijo e em cada confidência.
.................................................................................
Tenho de escalar ao topo de uma montanha para chegar até ti.
É uma subida tão brutal até chegar até aquele cume,
Que tão poucos já vislumbraram.
Não sabia o que existe lá em cima,
Mas a única coisa que esperava era encontrar a ti.
Fico ali, à espera do êxtase que pensava que iria sentir,
Mas ele nunca chega.
Estou demasiado longe para escutar os aplausos e agradecer.
E já não tenho mais por onde subir.
Estou sozinha,
E a sensação de solidão é esmagadora.
O ar é tão rarefeito que mal consigo respirar.
Consegui chegar ao cume
E o mundo inteiro diz que sou uma heroína,
Mas parecia mais interessante de la de baixo quando olhava
Com nada mais do que a esperança e os sonhos de sucesso.
A única coisa que via era o cume de uma montanha.
Não havia ninguém que me falasse de ti,
Mas as coisas são diferentes quando se chega ao cume,
Fico estafada, surda, cega e demasiado cansada para desfrutar da vitória.
Cabelos ao vento
terça-feira, 22 de junho de 2010
Eu consigo sentir-te a fechar os olhos.
Ao tempo que eles se fecham, um sorriso desenha-se nos teus lábios.
Gostavas de te metamorfosear nos sonhos que são os responsáveis por tão etéreo acontecimento.
Perder a forma e ser apenas as imagens em que te perdes e talvez te encontres.
As palavras chamam o teu nome na chuva de recordações.
Será que consegues ouvir o seu chamamento?
Ao tempo que eles se fecham, um sorriso desenha-se nos teus lábios.
Gostavas de te metamorfosear nos sonhos que são os responsáveis por tão etéreo acontecimento.
Perder a forma e ser apenas as imagens em que te perdes e talvez te encontres.
As palavras chamam o teu nome na chuva de recordações.
Será que consegues ouvir o seu chamamento?
segunda-feira, 21 de junho de 2010
No eclodir dos primeiros raios de sol, corpos embriagados por licores de descobertas intangíveis e de novos limites á carne que os vestem, entregam-se a estranhas danças ausentes de desconfianças.
O calor do momento, busca prolongamento eterno. Estender-se pelas planícies e relevos acidentados dos corpos amontoados.
Cada um, desnudo de regras basilares desenhadas por decretos não-escolares, lança-se em espirais de novos conhecimentos proibidos por falsos puros-intentos.
Não há espaço aqui para batalhas entre pudores e amores. Esses estão ausentes hoje. Relegados e renegados por espíritos abnegados em conseguir esticar o limite das percepções.
A realidade, essa peça encomendada, tantas vezes desconhecedora da verdade aguarda em pânico correndo em cada vaso linfático...
Talvez seja apenas para isso que estas carnes servem... Para serem usadas até à exaustão na busca de nenhuma razão. Apenas e só serem usadas para quimeras espirituais sem resultados para serem apresentados e aclamados. Apenas servirem de meio de transporte não-fisico para mundos paralelos onde desejariam para sempre habitar.
Mera fuga das restrições a que estão sujeitos. Mero libertar de um falso acreditar.
O calor do momento, busca prolongamento eterno. Estender-se pelas planícies e relevos acidentados dos corpos amontoados.
Cada um, desnudo de regras basilares desenhadas por decretos não-escolares, lança-se em espirais de novos conhecimentos proibidos por falsos puros-intentos.
Não há espaço aqui para batalhas entre pudores e amores. Esses estão ausentes hoje. Relegados e renegados por espíritos abnegados em conseguir esticar o limite das percepções.
A realidade, essa peça encomendada, tantas vezes desconhecedora da verdade aguarda em pânico correndo em cada vaso linfático...
Talvez seja apenas para isso que estas carnes servem... Para serem usadas até à exaustão na busca de nenhuma razão. Apenas e só serem usadas para quimeras espirituais sem resultados para serem apresentados e aclamados. Apenas servirem de meio de transporte não-fisico para mundos paralelos onde desejariam para sempre habitar.
Mera fuga das restrições a que estão sujeitos. Mero libertar de um falso acreditar.
sábado, 19 de junho de 2010
"A alegoria chega quando descrever a realidade já não nos serve. Os escritores e artistas trabalham nas trevas e, como cegos, tacteiam na escuridão."
Pequeno e minúsculo tributo ao autor do melhor livro de sempre " O ano da morte de Ricardo Reis." Para fanáticos de Fernando Pessoa e não só.
Obrigado por tudo o que deixaste escrito e por teres colocado no mapa a região onde habito por causa das declarações sobre a bíblia.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Emoldura o apocalipse com visões nucleares de ilusões desnecessárias de estranhas indumentárias assentes em descrentes.
Captura frame por frame o esvaziar do acreditar.
Nessa imagem que exporás ao mundo desfeito e sem olhares para a verem, verás tu o cenário mais que perfeito.
A poesia contem em si narrações de subliminares deserções.... E no regresso da noite, tão forte e afoite, tudo estará despido da tão almejada sorte.
A Morte leva tudo a consorte, no gentil sublimar do seu corte.
Captura frame por frame o esvaziar do acreditar.
Nessa imagem que exporás ao mundo desfeito e sem olhares para a verem, verás tu o cenário mais que perfeito.
A poesia contem em si narrações de subliminares deserções.... E no regresso da noite, tão forte e afoite, tudo estará despido da tão almejada sorte.
A Morte leva tudo a consorte, no gentil sublimar do seu corte.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Não sou mais que uma efeméride
Passageiro em toda a gente
Não sou uma simples efélide
Ora num corpo ora numa mente.
Não sou eterno
Não sou desassossego
Sou algo que alterno
Entre a indiferença e o apego
Não duro mais que um pensamento
Sou um mero instante.
Nada mais do que um desalento
Que desaparece de rompante.
Sou vaga recordação
Daquelas mais difusas
Apenas aquele não
No sorriso que não usas.
Sou tão breve
Menor do que um não-desejo
Sou quem não deve
Sou mero bocejo.
Sou breve memória
Data esquecida
Da qual não reza a história
Uma palavra perdida.
Passageiro em toda a gente
Não sou uma simples efélide
Ora num corpo ora numa mente.
Não sou eterno
Não sou desassossego
Sou algo que alterno
Entre a indiferença e o apego
Não duro mais que um pensamento
Sou um mero instante.
Nada mais do que um desalento
Que desaparece de rompante.
Sou vaga recordação
Daquelas mais difusas
Apenas aquele não
No sorriso que não usas.
Sou tão breve
Menor do que um não-desejo
Sou quem não deve
Sou mero bocejo.
Sou breve memória
Data esquecida
Da qual não reza a história
Uma palavra perdida.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Com um dia de atraso, mas a quem é grande o relógio e o calendário não comandam. Parabéns mestre, onde estiveres.
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
"Errar é humano."
Eu contraponho, errar é desumano. Quando os erros abrem feridas que nunca cicatrizam. Não erros pessoais, mas de outros seres. Abrem-se as portas da desumanidade nessas palavras cheias de erros não gramaticais nem estruturais de frases. Parece que quando se erra, nunca se erra nas palavras e o vocabulário fica surpreendentemente mais vasto do que os oceanos. Elas são punhais voadores com tecnologia militar alienígena, com uma precisão suprema. não existe sequer espaço para margem de erro. Elas voam e acertam onde devem mesmo acertar.
Há a virtude de assumir os erros, mas isso é também uma capacidade que não habita nos humanos.
Eu tenho essa virtude... e odeio-a! Meramente porque odeio errar. Nunca cometi erros iguais aos que enunciei umas linhas acima. O mais simples dos erros. seja no trabalho seja onde for, aqueles erros inofensivos, despoletam em mim uma vontade imensa de me flagelar. Castigar-me por esse resquício de humanidade, ou o que chamam de atributo unicamente disponível nos humanos.
Não pactuo com existências pré-concebidas e pré-destinadas. Não pactuo com ninguém muito menos comigo.
Errar é para os fracos. Errar e assumir o erro, não o invalida. Não o faz desaparecer por entre o nevoeiro e tudo voltar a ser exactamente como era antes dele ser infligido.
Os erros magoam e muito. Nalguns casos, removem grande parte das essências das vitimas.
Eu fui constantemente trucidado por comboios desgovernados de erros. Sou uma ferida apenas, tão grande que ela é. Não fiquei amputado de membros vitais. Alguns deram-me mesmo asas. Consigo voar sobre os infractores e cuspir-lhes em cima. Não uma cuspidela de ódio nem sequer de desprezo, uma cuspidela de escárnio somente.
E estava escrito em tábuas de mandamentos irreligiosos, que um dia virias ajoelhar-te perante mim e pedir clemência. Esses olhos que estavam tão frios quando me trucidaste vem agora com toda a beleza que apenas eu via e olham para mim. E fazes-me sentir humano novamente....
Eu contraponho, errar é desumano. Quando os erros abrem feridas que nunca cicatrizam. Não erros pessoais, mas de outros seres. Abrem-se as portas da desumanidade nessas palavras cheias de erros não gramaticais nem estruturais de frases. Parece que quando se erra, nunca se erra nas palavras e o vocabulário fica surpreendentemente mais vasto do que os oceanos. Elas são punhais voadores com tecnologia militar alienígena, com uma precisão suprema. não existe sequer espaço para margem de erro. Elas voam e acertam onde devem mesmo acertar.
Há a virtude de assumir os erros, mas isso é também uma capacidade que não habita nos humanos.
Eu tenho essa virtude... e odeio-a! Meramente porque odeio errar. Nunca cometi erros iguais aos que enunciei umas linhas acima. O mais simples dos erros. seja no trabalho seja onde for, aqueles erros inofensivos, despoletam em mim uma vontade imensa de me flagelar. Castigar-me por esse resquício de humanidade, ou o que chamam de atributo unicamente disponível nos humanos.
Não pactuo com existências pré-concebidas e pré-destinadas. Não pactuo com ninguém muito menos comigo.
Errar é para os fracos. Errar e assumir o erro, não o invalida. Não o faz desaparecer por entre o nevoeiro e tudo voltar a ser exactamente como era antes dele ser infligido.
Os erros magoam e muito. Nalguns casos, removem grande parte das essências das vitimas.
Eu fui constantemente trucidado por comboios desgovernados de erros. Sou uma ferida apenas, tão grande que ela é. Não fiquei amputado de membros vitais. Alguns deram-me mesmo asas. Consigo voar sobre os infractores e cuspir-lhes em cima. Não uma cuspidela de ódio nem sequer de desprezo, uma cuspidela de escárnio somente.
E estava escrito em tábuas de mandamentos irreligiosos, que um dia virias ajoelhar-te perante mim e pedir clemência. Esses olhos que estavam tão frios quando me trucidaste vem agora com toda a beleza que apenas eu via e olham para mim. E fazes-me sentir humano novamente....
sábado, 12 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Tudo perdeu o interesse. Nada despoleta a mais leve silhueta de entusiasmo.
Não é pessimismo, aparenta ser uma espécie de marasmo.
Lançado disfarçado de sarcasmo.
Até o sabor foi removido ao orgasmo.
Uma fervilhante dormência.
Na ausência de paciência,
Avança para a linha da frente a condescendência.
Inutilizável para todo o sempre esta a sapiência.
Uns julgam que conhecem a verdade
Mas ela passou a viver na clandestinidade.
Outros, a liberdade
Mas ela desapareceu também com a ansiedade.
Não é pessimismo, aparenta ser uma espécie de marasmo.
Lançado disfarçado de sarcasmo.
Até o sabor foi removido ao orgasmo.
Uma fervilhante dormência.
Na ausência de paciência,
Avança para a linha da frente a condescendência.
Inutilizável para todo o sempre esta a sapiência.
Uns julgam que conhecem a verdade
Mas ela passou a viver na clandestinidade.
Outros, a liberdade
Mas ela desapareceu também com a ansiedade.
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Desculpa se te usei como escudo contra as investidas do que estava escrito como guião e que eu era suposto seguir.
Talvez fosses uma janela por onde se pudesse ver a chuva a dissolver-senas águas do rio. estranha esta luta entre água acostumada a estar quieta e no seu rumo certo e a que cai erráticamente do céu estrelado em queda livre e acrobática.
Peço desculpa a mim próprio por esses olhares de luxúria a um corpo de pedra onde nem os olhos se movem.
Foste remos que usei para ir contra a corrente.
Foste ambição e desejos descomunais nunca antes atribuídos a meros mortais.
foste mais eu do que eu.
Em jogos de azar, tinhas sempre um naipe imbatível.
e neste nosso combate ganhou sempre a melhor parte.
O chão que pisas recorda-te de mim.
Talvez fosses uma janela por onde se pudesse ver a chuva a dissolver-senas águas do rio. estranha esta luta entre água acostumada a estar quieta e no seu rumo certo e a que cai erráticamente do céu estrelado em queda livre e acrobática.
Peço desculpa a mim próprio por esses olhares de luxúria a um corpo de pedra onde nem os olhos se movem.
Foste remos que usei para ir contra a corrente.
Foste ambição e desejos descomunais nunca antes atribuídos a meros mortais.
foste mais eu do que eu.
Em jogos de azar, tinhas sempre um naipe imbatível.
e neste nosso combate ganhou sempre a melhor parte.
O chão que pisas recorda-te de mim.
domingo, 6 de junho de 2010
Linda Martini para combater uma tarde de domingo.
Hoje preciso de um pois, preciso de um sim.
O que é que queres de mim, hoje sinto-me assim.
Hoje preciso de um pois, preciso de um sim.
O que é que queres de mim, hoje sinto-me assim.
Ecos de risos, sinfonias de gritos. Como sangue na barriga de mosquitos.
Hoje preciso de mim.
Mostra o teu jogo. Eu pago para ver.
Falas-me através das sombras em dialectos estranhos, tu que és fogo em mim.
Questiono-me se te terás entregue a alguém. Não o corpo que usas mas o que és, essa aura metafísica. Será que alguém a viu desnuda?
Dizes que a Noite é acreditar e às vezes chorar.
Nessas palavras que debitas nas sombras, dizes o que ficou por dizer. O ar que respiras é a tua folha de papel, nele desenham-se as palavras que voam da tua mão agora aberta. Já não as conseguias manter reclusas na palma da tua mão.
Eu digo que não perdeste. Podes não ter ganho, mas neste combate existente apenas na tua mente retiras sempre algo, parecido com um sopro estranho que só fará sentido quando tudo o resto deixará de faze-lo.
Será que em alguma noite de sombras, eu conheci o sabor da tua pele? Naquelas em que confessaste o teu mais ardente desejo: a Morte?
Nunca tenho respostas, somente perguntas.
Quem idolatrizas? espero que seja o reflexo que te cumprimenta todos os dias no espelho. Esse reflexo que não é teu mas sim do mundo, representação de crença real e verdadeira.
E tu tentas dar-me as respostas nas sombras, mas elas abraçam-te...
Questiono-me se te terás entregue a alguém. Não o corpo que usas mas o que és, essa aura metafísica. Será que alguém a viu desnuda?
Dizes que a Noite é acreditar e às vezes chorar.
Nessas palavras que debitas nas sombras, dizes o que ficou por dizer. O ar que respiras é a tua folha de papel, nele desenham-se as palavras que voam da tua mão agora aberta. Já não as conseguias manter reclusas na palma da tua mão.
Eu digo que não perdeste. Podes não ter ganho, mas neste combate existente apenas na tua mente retiras sempre algo, parecido com um sopro estranho que só fará sentido quando tudo o resto deixará de faze-lo.
Será que em alguma noite de sombras, eu conheci o sabor da tua pele? Naquelas em que confessaste o teu mais ardente desejo: a Morte?
Nunca tenho respostas, somente perguntas.
Quem idolatrizas? espero que seja o reflexo que te cumprimenta todos os dias no espelho. Esse reflexo que não é teu mas sim do mundo, representação de crença real e verdadeira.
E tu tentas dar-me as respostas nas sombras, mas elas abraçam-te...
"Choose a life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television. Choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers... Choose DSY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit crushing game shows, stucking junk food into your mouth. Choose rotting away in the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself, choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?"
É por estas e por outras que Trainspotting é o melhor livro e a melhor adaptação cinematográfica de uma obra alguma vez feita.
Grande Irvine Welsh! Trouxe para a literatura toda a cultura punk. Ou como ela deveria ser, não aquela pseudo punk que se passeia nas nossas ruas.
É por estas e por outras que Trainspotting é o melhor livro e a melhor adaptação cinematográfica de uma obra alguma vez feita.
Grande Irvine Welsh! Trouxe para a literatura toda a cultura punk. Ou como ela deveria ser, não aquela pseudo punk que se passeia nas nossas ruas.
sábado, 5 de junho de 2010
A inconstância é uma constante minha. As viagens de um extremo a outro fazem-se a velocidades superiores à da luz e do som. Portanto, e após milhares de bebedeiras e respectivas suas associadas ressacas, anuncio um imenso prejuízo a bares restaurantes e cafés. A partir deste dia o álcool irá deixar de me possuir. Abre-se o caminho para outras formas de possessão que espero sejam mais saudáveis.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Mulheres de armas parte 2
Rachel Van Mastrigt-Heyzer.
No longínquo ano de 2001, Sinister tocou no Seixal no que era considerado, até esse dia pelo menos, o maior festival de metal de sempre em Portugal. Ia curioso com o ultimo álbum dessa banda, "Creative Killings", porque era cantado por Rachel. Não esperava tamanha surpresa ao vivo! Rachel era uma rapariga muito pequenina com aspecto frágil e com uma voz muito doce ao dizer boa tarde ao pessoal expectante pelo que viria aí. Sinister é uma banda de culto dentro do death metal e a curiosidade era imensa.
Aos primeiros acordes, Rachel metamorfoseou-se num autentico demónio. A sua voz doce transformou-se num dos mais brutais grunhos que alguma vez ouvi.
P.S- É linda de morrer.
Aqui fica uma amostra do poder vocal de Rachel, para quem não acredita em mim, na sua mais recente banda.
Eu vendi a minha alma num qualquer leilão de antiguidades. A base de licitação era extremamente baixa. Foi arrebatada por um demónio aleatório proveniente de um qualquer velório.
Eu vendi a minha alma sempre envolta numa aura de calma. não recebi compensação monetária ou material. Recebi apenas uma capacidade de verter desejos real.
Essa foi a noite mais escura e tenebrosa de todas. A noite em que cedi a minha alma a uma divindade sob a forma de potestade. Ficou apenas a irrealidade e um buraco não visível de jamais tornar tudo divísivel.
Nessa noite fui enterrado vivo, soterrado por terra palpitante de vida. Fui cruxificado e por falsos crentes em mim como messias asfixiado.
Nessa noite escabrosa e pavorosa fui eu que renasci e que nunca mais me vi.
Eu vendi a minha alma sempre envolta numa aura de calma. não recebi compensação monetária ou material. Recebi apenas uma capacidade de verter desejos real.
Essa foi a noite mais escura e tenebrosa de todas. A noite em que cedi a minha alma a uma divindade sob a forma de potestade. Ficou apenas a irrealidade e um buraco não visível de jamais tornar tudo divísivel.
Nessa noite fui enterrado vivo, soterrado por terra palpitante de vida. Fui cruxificado e por falsos crentes em mim como messias asfixiado.
Nessa noite escabrosa e pavorosa fui eu que renasci e que nunca mais me vi.
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