segunda-feira, 26 de julho de 2010

Corro pelo horizonte sem fim com passadas decididas e ar herético.
Caminho lentamente pelo por do sol em dias cinzentos e subitamente torno-me um com ele.
Paro junto a penhascos que me observam intrigados ou meramente deleitados e absorvo a vista que se vestiu de gala para me ver.
Tudo isto é supérfluo e apenas arquitecturas flutuantes do que jamais será inaugurado com pompa depois de construido.
As ruínas não podem ser restauradas. Novas fachadas serão atribuídas, mas jamais será o mesmo casulo, a mesma incubadora de ideias.
E o horizonte é sempre diferente todos os dias.Despede-se com revelações inócuas de melodias perturbadas e atrocidades narradas quando a noite o aglutina em pura gula.
Eu sou o horizonte...

1 comentário:

Artemis @ disse...

Se és o horizonte o que queres que tenha para além de ti?
Tu decides.. ;)