Sábado á noite e há concerto de Jorge Palma de borla. Este senhor da musica portuguesa merece todo o respeito e com todo o gosto desloco-me para a terra dos capões, Freamunde.
Que imensidão de gente! Sempre me disseram que estas festas populares eram das melhores do país. Nunca gostei de festas e esses tipos de romarias. Sim, eu sou misantropo, eu sei...
Ainda falta um pouco para o concerto, é hora de abastecer combustível para a minha máquina do amor. Há uma imensidão de barraquinhas de cerveja, mas todas vendem só Sagres. Beeeerrrrrghhhhh! Odeio Sagres!
Há um café que tem Super Bock fresquinha. Nada mais nada menos do que a casa do F.C Porto! Estranham eu querer entrar lá visto a minha cor ser assim mais para o encarnado fervoroso, mas eu por cerveja decente faço tudo. Só espero que nenhum dos meus amigos se descaia e diga a um dos matulões que eu sou do arqui-rival. Confusões a esta hora, não obrigado.
Jorge Palma começa entretanto, e que grande concerto que este homem deu! Sempre alcoólicamente bem disposto como é de seu timbre, mostra o quão fantástica é a língua portuguesa e ao mesmo tempo faz-me amaldiçoar o país por nao reconhecer o enorme talento que este homem tem. Já destrocava grandes letras antes do 25 de abril, mas parece que é um musico recente porque só se conhece a "Encosta-te a mim."
"Ai Portugal, Portugal! De que é que estás á espera????" para coroar este poeta como um embaixador da língua portuguesa?
As filas da frente do concerto pareciam as de um típico festival de verão, com muita cerveja e substancias dopantes por todo o lado. Ja sai toda a gente bem animada no final do concerto. Está na hora de voltar á casa dos andrades para beber mais umas quantas cervejas e ficar com a mente dormente....
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De repente ja são 8 da manha e dou por mim no meio de uma improvisada pista de dança no meio da rua a curtir pah caralho a musica "I will survive" (?????!!!!!!)
Tudo bem até ao momento em que um cigarro aceso me acerta em cheio no olho. Foda-se que dores horríveis!!!!!! Lá me conseguiram tirar a cinza incandescente que ficou a colorir o branco do meu olho após várias tentativas. Estou completamente possesso, mas mais uma cerveja e isso passa.
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7 da tarde
Acordo na minha cama. Hum optimo!!!! Há aqui um espaço de horas em que nao me lembro de nada. Que terei feito eu? Declamado poesia a alguma mulher? Discutido filosofia com bancos de jardim? Questionado pássaros sobre a liberdade de voar??
Gostava de der espectador para me observar. Devo ser bastante engraçado de se ver. A cambalear e a dizer coisas sem sentido a audiências incrédulas. Bem, vou mas é dormir outra vez....
1 comentário:
"Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar"...
No teu caso, enquanto houver cerveja para beber, a gente não vai morrer...
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