Os homens são todos iguais. É este o segredo. Apesar das mulheres serem todas diferentes. Se os homens fossem todos diferentes, as mulheres seriam felizes. E os homens odiar-se-iam, como as mulheres se odeiam. E seriam ainda mais infelizes que as mulheres, porque são menos espertos. (…)
É mais fácil ser homem porque se é mais respeitado, menos incomodado, e de qualquer forma mais forte e maior. As nossas mães gostam mais de nós. Podemos entrar em mais lugares, a mais altas horas da noite, beber mais copos e fazer mais estragos e asneiras, que somos mais compreendidos e perdoados. É injusto, mas é mesmo assim. (…)
O feminismo está fora de moda, mas nunca teve tanto cabimento. O único defeito do feminismo foi culpar os homens. As mulheres é que são as principais responsáveis. Cada mulher julga que é a única mulher realmente esclarecida e competente. O resto, fora uma ou outra amiga, é só galinhas.
Um homem nunca diz tão mal das mulheres como uma mulher. Um homem tem medo das mulheres. Corre atrás delas quando elas não o querem para nada e foge delas caso alguma delas o queira. Mas aprendeu a respeitar as mulheres. Isto é, a não compreendê-las, e a levar no coco. Repetidamente. (…)
Os homens, mesmo sendo abertamente pataratas – até os mais poéticos e sensíveis não conseguem impedir-se de ser pataratas, patetas e palermóides – mandam nas mulheres porque as mulheres são incapazes de se rebaixarem ao ponto de se associarem umas às outras. As mulheres, que são individualmente magníficas, são colectivamente inexistentes.
A única estupidez das mulheres, a única autêntica galinhice, é acreditarem na estupidez das outras mulheres. (…)
Mulheres de Portugal – convençam-se de uma vez por todas. Nós os homens podemos ter mais graça, mas somos muito piores, muito mais rascas, muito mais ignorantes, muito mais básicos; no fundo muito menos homens do que vocês. Vejam lá isso. E, se não virem, tanto melhor.
“O Segredo dos Homens,”
Miguel Esteves Cardoso in Último Volume
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