O teu olhar desvia-se do meu e concentra-se no vazio.
O meu olha para o chão que ameaça abrir uma cratera enorme para me engolir.
Na inexpressividade do momento solta-se uma febre avassaladora que contorce por todo o meu corpo.
Exorcismo de sentimentos que se ramificam a velocidades avassaladoras.
Na viagem de regresso à dolorosa realidade, o meu olhar já não encontra o teu. Está ausente. Perdeu-se por entre meditações na paz que antecede violentas rebeliões.
Explodem desassossegos e a vontade de conquistar o mundo e baptiza-lo com o teu nome apenas pedindo como recompensa que o teu olhar se voltasse a cruzar com o meu.
Mergulho no vazio onde ele se encontra e encontro a infinidade. Não sei nadar. Afundo-me no vazio sempre cheio que é o gostar de ti...
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