quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tudo se repete com uma intensidade avassaladora.
Os desígnios parecem cravados em uma qualquer espécie de pedra filosofal.
Foram escritos com um punhal que outrora serviu para golpear veias de onde jorrou apenas vida e ausência de morte.
O sol é reflectido nesse punhal e cega as sombras ameaçadoras de uma paz que é classificada antropológicamente como uma mera visão.
Quantas vezes rodamos sobre as mesmas situações cuja única diferença é virem vestidas com roupas primaveris ou outonais?
Parece tudo demasiado cíclico e sempre com os mesmos finais por muito que se tente adorná-los com inúmeras figuras de estilo, eles escrevem-se sozinhos como movidos por uma mão invisível de um qualquer guardião da humanidade.
Cruzar os braços e assistir à passagem do tempo e sua acção corrosiva parece ser o mais aconselhado mas a incapacidade de conformidade rebela-se e a mão agarra veementemente o punhal e passeia-o pelas cicatrizes que o tempo não apaga. É tudo repetido, não há nada de novo.
As pessoas são sempre o mesmo tédio...





1 comentário:

Sofia disse...

Texto perturbador. Está tudo bem?