Invenções bestiais destronam os trabalhos manuais.
A arte de escrever manter-se-á fidelizada à caneta e ao papel?
Escrevo sempre em papel. Exercito o meu léxico. Dou erros. Alguns ou bastantes provavelmente.
Espero que a minha caneta nunca seja substituida por artimanhas mecánicas de qualquer espécie.
A minha letra é horrivel e de muito difícil compreensão. Sempre o foi. Mas é a minha letra. É das poucas coisas que sei fazer.
Imagino uma máquina ligada ao meu cerebro transcrevendo o díluvio de palavras que brota em mim.
Que visão nefasta!
Poderiam ser palavras e frases articuladas e escritas da maneira mais correcta, mas nunca teriam o mesmo valor.
Posso pontapear o português correcto, mas se tudo fosse perfeito perderia a sua beleza.
Escrevo de maneira caótica, por vezes anárquica, mas eu sou o que escrevo e eu não sou perfeito. Muito pelo contrário. Mas gosto da minha escrita cheia de imperfeições e de erros... e lá no fundo, bem lá no fundo, também gosto de mim.
4 comentários:
Lol. Trabalhos manuais...
Também gostas de ti, mas não deverias de ser, lá no fundo, mas no todo.
Tantas virgulas numa só frase. :S
(Estou me a referir ao meu primeiro coment! :P)
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