quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Harmonias nascem com o sol.
Por entre as auroras conduzem segredos.
Alegrias breves são esticadas ao máximo.
Prolongam-se pelas mudanças do ser.
Efemerização de eternidades.
Compactadas estão as verdades.
Armazenadas para serem distribuidas mediante requisição do coração.

Seres dispersos rezam ladainhas ensurdecedoras abafadas pelo meu sorriso.
Tudo se revolta contra mim e eu limito-me a sorrir.
Situações absurdas capazes de destruir impérios acenam-me todos os dias.
Retribuo o cumprimento e desarmo-as com o meu sorriso.
Caem perante mim e reconhecem a minha superioridade.
Não pedem o meu perdão porque sabem que ele é infindável.
Perdoo tudo e todos excepto a mim próprio por perdoar.
Que fazer? Fui esculpido desta forma.
Os erros talvez estejam nos outros ou talvez não.
Quem sou eu para classificar algo como errado?
Errante talvez mas nunca errado.
Talvez exista um manual que explique aos outros como funciono.
Talvez, é a palavra que mais uso nos meus textos.
Porque tudo é uma incógnita. Incluindo eu.

1 comentário:

Carina disse...

Estás muito longe de ser uma incógnita. És uma certeza daquelas inabaláveis.