quarta-feira, 7 de abril de 2010
Invisto com palavras contra eles, esses inimigos recém-encontrados.
No cimo do meu condor de tempos imemoriais fui despido de dor.
Inimigos invisíveis mas sempre execráveis com vitórias inexoráveis.
Eles não tem rosto ou artefactos demais mas conseguem ver os meus olhos irreais. São olhos com auroras não celestiais, trovadores e sem amores imersos em sonhos dispersos e com uma fome insaciável de triunfos incontestáveis.
Tripulo habilmente a minha ave ressuscitada com a sua forma desprezada. Faço voos rasos a ti e solto fogos fátuos de falecidos enamoratos.
O universo é demasiado pequeno para me conter nas suas paredes. Uma claustrofobia crescente a céu aberto forma-se em espiral e ganha um contorno abismal.
agiganto-me na minha inferioridade e esgrimo palavras contra a surrealidade.
Só queria que soubesse que não voltarei desta viagem. Só há lugar para mim no meu condor e para a minha turbulência mental.
Tenho como destino a sanidade, esse paraíso perdido onde me esperam seres envergando as vestes da sabedoria. Lá beberei das águas da verdade e adquirirei uma nova racionalidade que exibirei humildemente a todos os meus eus contorcendo-se em inveja.
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