São escritos em cada mulher
Prefácios de eterna beleza
Capaz de o mais sábio enlouquecer
E de dar nome a nova reza.
Corpos com curvas tortuosas
Erguidos imponentemente
Alguns em formas pouco amistosas
Mas todos incendeiam a mente.
Têm em si desejos sepultados
Não seus mas de quem os escreve
São purificadoras dos pecados
E cobradoras de quem os deve
Nos olhos escondem quimeras
Prontas a serem descobertas
Adventos de funestas eras
Quando as suas almas são abertas
São venerados templos de prazer
Alquimias de conhecimento
Desafiam o instituido saber
E todo o ser mais cinzento
Carregam no seu ventre
Novas encarnações da verdade
Convertem-me de novo em crente
Na sua ausência de crueldade
São seres celestiais
Na sua essência de ambiguidade
Por vezes parecem irreais
desde toda a antiguidade
Entre esses seres esculturais
Erguer-se-á o mais perfeito
entre todos os seus iguais
E chamará o meu nome ao vento
Mulheres que rimais com prazeres
Sois adjectivos de dores
Destinos de dizéres
De não forjados amores
A vossa compreensão
É a minha cruzada
De caneta na mão
Contra a vida azarada
Ela chagará numa noite sem lua
Quando o mais belo ser florescer
E me mostrar a sua alma nua
E mostrar apenas a mim pertencer
1 comentário:
É bom saber que já não odeias todas as mulheres. As que não te quiseram é que ficaram a perder.
Beijoca poeta noctivago e alcoolizado.
BiBa o Benfica caralho!!!!!! LOOL
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