domingo, 26 de junho de 2011

Não tenho controlo sobre a terra ou sobre os momentos.
Tudo foge erráticamente das minhas mãos em pânico pois elas tendem a destruir tudo em que tocam.
Não tenho controlo sobre nada e tudo parece querer controlar-me asfixiando os pensamentos.
Eles correm a sete pés e levam-me com eles. Carregam-te também com eles. Transportam-te numa redoma de realidade difusa que não parece ser mais do que um sonho.
Sonho ou realidade psicotrópica, não interessa. Só me interessa que estou a teu lado nesse instante metafórico em que o tempo pára e estamos juntos enquanto pinto quadros com os teus sonhos que tens medo em sonhar. Nos meus pensamentos vejo o teu sorriso a iluminar a mais escura das noites e a contagiar os meus lábios para se contorcerem com uma imitação muito ténue do teu.
Sei que só posso estar junto a ti nos meus pensamentos ou reflexos de sonhos, por isso ando sempre a fugir de tudo e a mergulhar no nada para aí te encontrar. Pelo menos aí serás sempre minha...

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