segunda-feira, 15 de março de 2010

Abram alas, abram alas
Para não marítimas correntes
Para dialectos que não são falas
E significados sempre ausentes.

Aglomerem-se à passagem
Não de falsos messias
Ou outros sem qualquer mensagem
Ou outros tipos de filosofias

Assistam com curiosidade
A tão belo desfilar
Do que nunca será verdade
Destes que sabem raciocinar

Super.homens nietschianos
Existentes desde o tempo das cavernas
Fortes e desumanos
Que na escuridão não usam lanternas

Batam palmas em ovação
A todos os que carecem
De questionar a razão
E que dúvidas nunca tecem

A perfeição aparenta flutuar
Por entre as nuvens de absolvições
Esconde-se nos actos de pensar
Meros refúgios de salvações

Observem com suspeição
O que nunca serão
E contem aos vossos netos
Quem eram tais seres incertos

Tão diferentes e tão iguais
A vós e a todos os demais
Apenas são irreais
Porque assim o determinais.

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