Abram alas, abram alas
Para não marítimas correntes
Para dialectos que não são falas
E significados sempre ausentes.
Aglomerem-se à passagem
Não de falsos messias
Ou outros sem qualquer mensagem
Ou outros tipos de filosofias
Assistam com curiosidade
A tão belo desfilar
Do que nunca será verdade
Destes que sabem raciocinar
Super.homens nietschianos
Existentes desde o tempo das cavernas
Fortes e desumanos
Que na escuridão não usam lanternas
Batam palmas em ovação
A todos os que carecem
De questionar a razão
E que dúvidas nunca tecem
A perfeição aparenta flutuar
Por entre as nuvens de absolvições
Esconde-se nos actos de pensar
Meros refúgios de salvações
Observem com suspeição
O que nunca serão
E contem aos vossos netos
Quem eram tais seres incertos
Tão diferentes e tão iguais
A vós e a todos os demais
Apenas são irreais
Porque assim o determinais.
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