segunda-feira, 8 de março de 2010


Estão trancados os portões da imaginação. Protegidos por cadeados de julgamentos premeditados e de sentido despropositados. Sinais de perigo expostos grandiosamente um pouco por toda a parte tentando dissuadir a menor réstia de esperança de transeuntes que lá desejavam pernoitar.
Monstros intemporais nunca antes descritos por escritores ancestrais, montam guarda apertada por trás dos muros feitos de ideias fossilizadas.
A entrada é totalmente interdita. A permanência em tal ermo local sempre foi maldita.

"Afastem-se da moradia dos insanos"- advertem velhos mendigos pedintes de paixões meros substitutos de ilusões.
Mistérios fantasiados do que por lá pode ser encontrado, viajam pelas bocas dos curiosos de si receosos.
Lá florem alterações psicológicas e sorrisos mas ninguém ainda os viu.

Intrépidos exploradores ignoram tudo o que para eles foi decretado e dirigem-se aos portões. a sua força de vontade é a chave para entrar. Ela entra sem dificuldade e os portões abrem-se em aclamação.
Paraísos inconcebíveis de funestas meditações, dão as boas vindas, exultando quem até eles se aventurou.
Os portões fecham-se com estrondo aos olhares dos curiosos. para sempre permanecerá fechada a entrada.

Dentro da imaginação está quem lá quer estar. esses,insanos, copulam desenfreadamente com a razão.
Hordes de conjecturações talvez erradas serão o fruto dessas paixões.
não existem leis terrenas soando a eternas novenas neste local... Um pequeno e remoto vislumbre de liberdade para quem ousar. Minúsculo vestígio de que ela existe e bem mais perto do que poder-se-ia pensar...

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