domingo, 7 de março de 2010

Bate nas janelas de construções espirituais uma chuva leve de consciências passadas.
Habito numa mansão psíquica com todos os confortos e extravagancias dignas da minha excentricidade.
Lá fora circulam veículos de tracção reduzida de de uma vida seduzida.
A chuva tenta entrar com a sua suavidade pelas frinchas do que está ainda por sentir.
Analogias de terminologias semelhantes ou apenas errantes.
Existe uma censura explicita na sua obscuridade e anonimato. Condena-se o incondenável como se de uma acção venerável se tratasse.
Não existem penas a aplicar ao que foi o amar. Atributo que deve permanecer selvagem e correr nu pelos vastos campos da existência. Riqueza não tributável e livre de impostos disfarçados de racionalização.
O que é inquestionável foge dos pontos de interrogação como demónios a fugirem de cruzes cristãs.
Não está depositado em uma qualquer instituição bancária armazenadora de sonhos.

O sol acariciado pelas nuvens negras introduz luz pelas janelas da minha mansão. Luz escura de clarividência que ilumina a minha inocência. Está na hora de não planear uma nova divisão a esta construção cujos pilares são os valores. Ela ganhará forma anárquicamente e sem projectos supérfluos. Aparecerá sem prazos para serem cumpridos e sem vigilância. Essa nova divisão serão os teus aposentos, criatura que habitas debaixo das pontes do momento. Os raios de sol encarregar-se-ão de te guiar até eles....

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