sábado, 5 de setembro de 2009

Divagações de transvestidas memórias que insistem em não insistir na sua propagação de tudo o que de positivo foram outrora. Sonho com algo que não quero sonhar. Ou talvez queira. Não sei. Mudo frequentemente de opinião sobre tudo o que sinto quase como o vento muda de direção. Sou imprevisível. Consigo pregar sustos a mim próprio.
As teias tecidas por mim apanham-me sempre a mim próprio. Sou vítima dos meus sonhos. Sou o guardião de castelos onde ninguém quer penetrar. Guardo tesouros que foram anunciados a toda a humanidade e os mapas da sua localização exacta foram distribuidos a todos os caçadores de tesouros. Ainda nenhum fez a sua aparição por entre o nevoeiro como um antigo rei ainda se espera que faça.
Olho para este fantástico tesouro que guardo mas não o consigo quantificar em termos de valor. Talvez seja o suficiente para comprar países idílicos e propagar fés nunca antes apregoadas. Existirá um novo messias por entre as almas que vagueiam por entre escombros de desilusões? Um messias que espalha as suas palavras através de sonhos nunca antes ousados sonhar. A capacidade de sonhar é a maior das riquezas. Não é uma riqueza mateiral. Por vezes essa riqueza seduz os pobres tolos a mergulharem nos sonhos eternos e de lá não quererem sair. Escudam-se nos dias e noites em que o corpo deixa de ser humano e é apenas um espectro que vagueia pelas ilusões criadas. Existem os que não querem acordar dos seus sonhos. Abrir os olhos e não ver materializado o que tanto trabalho deu a construir nas suas mentes pode ser a maior desfeita. A vontade de nunca acordar toma então posse de todas as faculdades mentais. Fugas de realidades adversas e edificação de outras alternativas. Os mais fortes tentam transpor a barreira dos sonhos trazendo-os consigo para os tornar fisicos. Todos os génios que habitaram o espaço fisico terrestre sonharam com as grandes epopeias antes de as materializarem. Pensar ou sonhar, qual a diferença? Nenhuma... Penso no que sonho e sonho no que penso. Não consigo apresentar os meus sonhos aos meus conterraneos. São demasiado utópicos.São sonhos apenas isso. São a minha maior riqueza. Mesmo os maus.

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