Chuvas dissolvem causas passadas
Acídas e fustigantes
Lavam as almas
De todos os divagantes
Pingo a pingo dão novo rosto
A sentimentos carregados de pó
Ergue-se um rei deposto
No seu reino permanece só
Chuvas parentes de tempestades
Primas de trovões
Atribuidos a divindades
Aspirantes a monções
Lavem todo um passado
Tornem-no luzídio
Façam-no ser amado
E por todos desejado
Reguem os solos estéreis
De plantações abandonadas
Tornem-nos férteis
Em emoções consagradas
Ou apenas jorrem do céu
Para quem de uma janela observa
As gotas pareçam um véu
Que envolvem a deusa Minerva.
3 comentários:
Belo poema. Para variar. LOL
Fundação Minerva, onde vai o dinheiro todos os meses da mensalidade que eu pago na faculdade. Muda de deusa por favor!
gota a gota o poema esvendrou o caminho até se soltar
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