Lentamente começam a despertar da hibernação os monstros que habitam em mim que julgava exilados algures bem longe de mim.
Já reconheci mais um.
Embriagados com a mais dura solidão
Caminhavam o meu corpo e almas errantes
Deambulavam pelas ruas da desolação
Emitindo gritos mudos sibilantes
No cruzamento da rua da lúxuria
Com a avenida infinita do desejo
Encontro a melancolia em penúria
Perdida como eu do seu beijo
Ah doce melancolia!
Com o teu corpo perfeito
Ressuscitas algo que jazia
Nas tuas curvas isentas de defeito
Percorro a tua silhueta
Com meus dedos dormentes
Retiro a ampulheta
Das emoções deprimentes
Com volúpia enfeitiçados
E espiritos libertinos
Nossos corpos malfadados
Escritos estavam os nossos destinos
Agora tocam-se sem receios
Absorto da realidade
Adormeço nos teus seios
Renascida está a virilidade.
1 comentário:
Posso repetir coments: Soberbo!
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