Acordo com um dia cinzento, daqueles convidadores a uma rápida imersão na melancolia suprema. Dura 5 minutos a apatia e a vontade de não ter acordado. De repente oiço o cavalgar de algo parecido com um exercito de orcs vindo com ordens de matar. Abro os olhos e vejo os meus 2 gatos sedentos de festas guerreando entre si qual terá o privilégio de ser o primeiro a saltar-me para cima. Acabam por não chegar a consenso algum e aterram os 2 violentamente em cima de mim ao mesmo tempo. Criaturas tão dóceis os meus gatinhos! Insaciáveis por apenas se roçarem em mim e miarem de satisfação. Um belo "bom dia" que recebi.
A seguir toca o telefone com visões animadoras em relação a um futuro emprego.
Eh pá isto, hoje está a correr bem.
Se bem que me faltem os mais doces lábios para completar este quadro que começou a ser pintado de tons escuros e neutros e depressa se tornou em algo relativamente belo, não peço mais nada. Mais tarde ou mais cedo sei que voltarão a ser meus.
Foram tantos os dias e noites submerso pelo terror e angústia que sinto-me bem com pequenas guloseimas que me são oferecidas como se de uma criança eu me tratasse.
Se existe algo que aprendi a muito custo é a dar pequenos passos. Deixar passar a ansiedade de querer o mundo todo sobre o meu dominio no momento e trabalhar arduamente segundo a segundo para o conquistar mais tarde.
Foi-me restituida a capacidade de amar que se encontrava exilada algures em parte incerta e esta é a minha melhor ferramenta que tenho para a construção de todas as infraestruturas para a conquista do meu mundo e do vosso.
1 comentário:
Um amen aos gatos e às manhãs de bom acordar. E aos lábios também se forem realmente doces.
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